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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Agentes da dengue têm situação indefinida

Ribeirão Preto, Quinta-feira, 15 de Setembro de 2011


A pouco tempo do início do período em que o mosquito se prolifera, prefeitura não sabe se efetiva temporários

Ontem, prefeita, promotor e servidores se reuniram, mas as partes não chegaram a uma conclusão

ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO

Às vésperas do período de chuvas, que favorece a proliferação do mosquito transmissor da dengue -o Aedes aegypti-, a Prefeitura de Ribeirão não sabe ainda se vai efetivar os 190 agentes contratados temporariamente.
Um comitê nomeado pela prefeita Dárcy Vera (DEM) para estudar a efetivação dos profissionais contratados após a emenda constitucional nº 51 da Constituição Federal (que regula a atividade dos agentes) não encontrou até o momento uma saída jurídica para o caso.
Em reunião ontem no Palácio Rio Branco, representantes do comitê e dos agentes e o promotor da Cidadania, Sebastião Sérgio da Silveira, discutiram a possibilidade de contratação, mas sem chegar a uma conclusão.
"Não dá para levantar hipóteses sem analisar a situação", afirmou o promotor.
A equipe deve se reunir nas próximas semanas para checar se os contratos temporários dos agentes podem ser prorrogados enquanto não há solução jurídica.
Paralelamente a esse estudo, a comissão deve levantar a situação dos agentes com vínculos diretos com a prefeitura e daqueles com ligação indireta -são oito contratados pela Faepa, ligada ao HC, e à Santa Casa.
"[A saída dos agentes] Preocupa, sim, porque eles já têm experiência, já estão em campo, já tem relacionamento próximo com a comunidade. Cria-se um vínculo. É isso que a gente não pode perder", diz Dárcy.
Segundo o secretário da Saúde, Stenio Miranda, 40 agentes devem sair em um prazo de 40 dias.
Um desses profissionais é o agente do Controle de Vetores Wilton Gerson da Silva, 48. Após quatro anos de trabalho, ele terá que deixar o cargo hoje. "Espero que eles consigam chegar a uma solução, porque é triste sair depois de tanto tempo".

IMPACTO NO COMBATE
Para o secretário da Saúde, a saída dos agentes pode causar um impacto no combate à dengue, mas não deve prejudicar as ações de controle do mosquito.
"Os trabalhos continuam, não só com os agentes do Controle de Vetores, mas com outros profissionais", afirma.
Segundo o boletim epidemiológico divulgado no dia 16 de agosto, Ribeirão Preto tem 16.240 casos de dengue -a segunda maior epidemia da história do município.

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