Total de visualizações de página

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Notícia de êxito dos especialistas alemães e escoceses em malária

Uma equipe alemão-escocesa de pesquisadores desenvolveu uma 
nova vacina potencial contra a malária.

 Disponível em: <www.deutschland.de> Acesso em: 25 abr. 2014

Anualmente, cerca de um milhão de pessoas morre de malária em todo o mundo, sendo que a metade delas são crianças com menos de cinco anos. Com o Dia Mundial da Malária, as organizações do setor de SAÚDE pretendem chamar a atenção especialmente para as consequências chocantes dessa doença infecciosa. Há anos, os cientistas vêm buscando uma prevenção efetiva contra a malária. Uma equipe da University of Edinburgh, do Scottish National Blood Transfusion Service e da firma Cilian AG, de Münster (Alemanha), divulgou no início de 2014 um êxito nesse sentido. Os pesquisadores escoceses e alemães desenvolveram conjuntamente uma nova vacina potencial.
O projeto foi fomentado pela União Europeia com mais de um milhão de euros, segundo informação da empresa da RENÂNIA DO NORTE-VESTFÁLIA. Seus detalhes foram divulgados na revista científica on-line “Plos one”. Com a ajuda do monocelular Tetrahymena thermophyla, que vive em lagoas e poços, os especialistas puderam registrar um notável avanço médico: para isto, os peritos utilizaram o T. thermophyla geneticamente modificado. O mecanismo de síntese proteica desse monocelular é similar ao do Plasmodium. A infecção de malária com o Plasmodium decorre através de parasitas especialmente traiçoeiros. Eles se escondem temporariamente nas células do fígado e nos glóbulos vermelhos do sangue, onde se reproduzem. Através dessa “camuflagem” constante, o sistema imunológico do corpo é enganado. Essa versatilidade também impediu até agora o desenvolvimento de uma vacina eficiente.
Seguindo as instruções dos pesquisadores britânicos, a empresa farmacêutica alemã pôde agora produzir uma proteína sintética com ampla eficiência. Ela dispõe de estruturas de reconhecimento de diversas variações da mais importante molécula superficial do Plasmodium falciparum, o mais perigoso causador da malária. A proteína sintética deve fornecer ao sistema imunológico, como antígeno, informações para o reconhecimento de diversos tipos de malária. No caso de uma infecção com o Plasmodium falciparum, o corpo pode assim produzir imediatamente os antígenos correspondentes para combater os parasitas. Em cobaias e nos testes de laboratório o protótipo da vacina já demonstrou a sua eficiência, segundo se afirmou. Agora, ela deverá continuar sendo desenvolvida para a sua aplicação prática.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Conheça os alimentos que mais contêm agrotóxicos

Disponível em: <http://www.bonde.com.br>. Acesso em: 24 abr. 2014

22/04/2014

Um levantamento recente realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisou a composição de alguns alimentos como frutas, verduras e legumes, e divulgou a quantidade de agrotóxicos encontrados em cada um. 

O pimentão é o vilão da lista. Foram analisadas 213 amostras e o nível de agrotóxico encontrado foi de cerca de 89%. Além da presença de 84% de defensivos não autorizados pela Anvisa. Aproximadamente apenas 0,9% das amostras continham produtos autorizados, no entanto acima dos limites permitidos. 


A cenoura também apresentou níveis elevados. Foram estudadas 152 amostras e encontrados cerca de 67% de agrotóxicos. Além de 67% das amostras com defensivos não autorizados. 

Foram analisadas, também, 200 amostras de pepino e constatada a presença de 44% de toxinas, além de 36% do produto analisado conter defensivos não autorizados. 5% das amostras que continham agrotóxicos autorizados estavam acima dos limites permitidos. 

Contrastando com o encontrado nestes alimentos, a batata, muito popular e sempre presente na mesa do brasileiro, esteve livre de contaminação em 100% das amostras analisadas. 

A verificação da presença de agrotóxico nos alimentos resultou em uma longa lista. Confira alguns alimentos perigosos: 

Alface 
Presença de agrotóxico: 43% 
Amostra com defensivo não autorizado: 41% 
Defensivos autorizados, mas acima do limite: 0,7% 

Abacaxi 
Presença de agrotóxico: 41% 
Amostra com defensivo não autorizado: 39% 
Defensivos autorizados, mas acima do limite: 1% 

Laranja 
Presença de agrotóxico: 28% 
Amostra com defensivo não autorizado: 26% 
Defensivos autorizados, mas acima do limite: 1% 

Uva 
Presença de agrotóxico: 27% 
Amostra com defensivo não autorizado: 20% 
Defensivos autorizados, mas acima do limite: 5,3% 

Mamão 
Presença de agrotóxico: 20% 
Amostra com defensivo não autorizado: 10% 
Defensivos autorizados, mas acima do limite: 4,3% 

Arroz 
Presença de agrotóxico: 16% 
Amostra com defensivo não autorizado: 16% 
Defensivos autorizados, mas acima do limite: 0% 

Tomate 
Presença de agrotóxico: 12% 
Amostra com defensivo não autorizado: 9% 
Defensivos autorizados, mas acima do limite: 0% 

Feijão 
Presença de agrotóxico: 6% 
Amostra com defensivo não autorizado: 6% 
Defensivos autorizados, mas acima do limite: 0% 

Maçã 
Presença de agrotóxico: 8% 
Amostra com defensivo não autorizado: 7% 
Defensivos autorizados, mas acima do limite: 1% 

(Com informações da revista Exame e Carta Maior)

A Copa do Mundo e a dengue

Revista Pesquisa FAPESP
Edição 218 - Abril de 2014
Disponível em:  <http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/04/24/copa-mundo-e-dengue/>.  Acesso em: 24 abr. 2014

No universo de 600 mil turistas estrangeiros aguardados para acompanhar a Copa do Mundo, um contingente esperado de aproximadamente 100 pessoas poderá contrair dengue em sua estadia brasileira. Mas o risco varia bastante de uma cidade-sede para outra. Em São Paulo e em outras cidades-sede do Sul e do Sudeste o perigo é muito pequeno, porque os casos da doença caem drasticamente nos meses de inverno, quando diminuem o calor e a chuva, próprios para a propagação do Aedes aegypti. Já quem for assistir jogos em Salvador, Fortaleza, Natal, Manaus e Recife enfrentará um risco estatisticamente maior. A cidade que poderá registrar o maior número de casos é o Rio de Janeiro. Embora a maioria dos casos se concentre de fevereiro a maio, a capital fluminense deverá atrair um número maior de turistas e por um período superior em relação às demais. Essa avaliação faz parte de um artigo submetido à revista Lancet Infectious Diseases por um grupo liderado por Eduardo Massad, professor da Faculdade de Medicina da USP e especialista em modelos matemáticos capazes de avaliar a disseminação de doenças. Entre os autores do artigo há pesquisadores da USP, da Unifesp, da Fiocruz, da Escola de Medicina Lee Kong Chian, de Cingapura, e autoridades do Ministério da Saúde brasileiro.

O estudo foi motivado por avaliações genéricas, e consideradas exageradas, sobre o risco para turistas divulgadas recentemente, como a publicada em dezembro pela revista Nature por Simon Hay, da Universidade Oxford. Nesse artigo, o autor calcula a proporção de casos que ocorreram nos meses de junho e julho no período de 2001 a 2013 em relação ao total anual de cada cidade da copa neste intervalo de tempo. Essa proporção, denominada no artigo de “percentage of annual case burden experienced”, tem sido aparentemente identificada como a probabilidade de aquisição de dengue para visitantes destas cidades. Essa identificação, observa Eduardo Massad, é incorreta.

Segundo os autores brasileiros, aparentemente o artigo de Hay está sendo usado por consulados, agências de turismo e outros organismos estrangeiros para alertar visitantes de que “a febre do futebol poderia ser uma dose de dengue”, como diz o título do artigo da Nature. No mesmo artigo está escrito que “fãs da Copa do Mundo no Brasil podem estar expostos a uma doença tropical horrível e incurável”. “Considerando que o cálculo de risco está incompleto, e que dengue não é ‘incurável’, a publicação deste artigo foi uma irresponsabilidade do autor, dando a impressão de ser uma peça de propaganda contra a realização dos jogos”, diz Massad.

Levando em conta a gravidade das afirmações, os autores do artigo brasileiro usaram um algoritmo detalhado, criado para estimar o risco hipotético de qualquer turista que visite o Brasil durante o período da Copa, dependendo do roteiro escolhido. Assim, por exemplo, um turista que decida passar o período da copa viajando na sequência: São Paulo (3 dias); Fortaleza (6 dias); Brasília (5 dias); Belo Horizonte (5 dias); Fortaleza (mais 6 dias); e Rio (8 dias), terá um risco individual estimado da ordem de 0,05%, muito menor que o suposto “burden” de 0,2% até 13,5% apresentado no artigo de Hay.


Os pesquisadores brasileiros, por sua vez, advertem que o risco pode estar superestimado, uma vez que turistas estrangeiros costumam ser menos expostos às picadas dos mosquitos que os moradores do Brasil. Uma das conclusões de Massad e seus colegas é que o fluxo intensivo de turistas durante a Copa poderá, de fato, levar a dengue para outros países, como ocorre com qualquer lugar onde exista doença infecciosa endêmica. “Afinal de contas, quem visita certas localidades do Canadá no verão pode contrair e exportar a febre do oeste do Nilo, por exemplo”, diz Massad. Para minimizar esse risco de exportação da doença, dizem os autores, o turista que eventualmente venha a contrair dengue não deve voltar para casa enquanto doente, mas se tratar no Brasil, cujo sistema de saúde tem experiência no assunto, e retornar quando estiver bem. “Vale lembrar ainda que a incidência de dengue varia de ano para ano e, a julgar pelos dados registrados até o momento, a incidência em 2014 está próxima da dos anos de menor ocorrência de dengue nos últimos 10 anos”, afirma Massad. “Por fim, é surpreendente que a revista Nature publique um artigo cujo único conteúdo consiste em dizer que se você sai na chuva pode se molhar…”

Natal terá ‘Observatório da dengue

Disponível em: http://tribunadonorte.com.br. Acesso em: 24 abr. 2014

 23 de Abril de 2014
Igor Jácome
repórter

No próximo mês, a população de Natal deverá ter acesso a uma nova ferramenta no combate à dengue. Por meio da internet, seja em computadores, tablets ou smartphones, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vai receber denúncias de focos do mosquito transmissor, bem como de suspeita de infecção.  O projeto foi idealizado pelo epidemiologista Ion de Andrade, do Departamento de Atenção Básica da SMS e foi desenvolvido em uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Telessaúde Brasil.



A proposta é inovadora e está voltada, em princípio, apenas para a capital. De acordo com os responsáveis, o aplicativo é o primeiro do tipo no Brasil, e será apresentado futuramente ao Ministério da Saúde. Em posse  dele, a população poderá, em pouco segundos, fazer denúncias relacionadas a focos ou suspeitas da doença, enviando inclusive fotos. Para tanto, basta entrar no site (cujo endereço ainda não foi definido) ou no aplicativo disponível para os mais diversos sistemas, e fazer um cadastro informando nome, e-mail e o endereço objeto da denúncia. 

Com as devidas confirmações por parte dos agentes do município, serão feitos trabalhos de combate e prevenção ao foco e à doença. “Isso vai facilitar o mapeamento epidemiológico, que hoje é muito difícil de ser feito. Muitos casos não são notificados, principalmente os mais leves, e as pessoas não procuram atendimento. Assim há uma sub-notificação. Isso acaba sendo um problema”, afirma Ion Andrade. 

De acordo com o professor Ricardo Valentim, que coordena o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS), da UFRN, a SMS vai receber as notificações em tempo real e os agentes de endemias, ou de saúde, dependendo do tipo de denúncia, serão encaminhados ao local para apurar a situação. “Em Curitiba existe um aplicativo em que as pessoas dizem onde tem um foco, mas não há qualquer contrapartida do poder público. Nesse aqui, existe uma notificação e uma resposta eficiente”, coloca. 

 Com o projeto em andamento, o tempo de combate à doença deverá ser reduzido. “Entre a descoberta e o tratamento do foco, geralmente são 45 dias, enquanto o mosquito eclode em sete. Ou seja, quando há o combate, quem está sendo combatido é o tataraneto daquele primeiro”, exemplifica Valentim. O Governo do Estado também já teria procurado a UFRN para conhecer o projeto. “Estamos abertos a prefeituras e Estados que estejam interessados”, destacou. 

O epidemiologista Ion de Andrade afirma que a ideia surgiu durante um seminário sobre os planos de contingência  no combate à dengue nas cidades-sede da Copa do Mundo.  Foi ai que ele procurou a UFRN. “Com a população aderindo, vai ser possível enxergar no mapa a concentração dos focos”, destaca. A população poderá destacar no mapa o local, porém, não terá acesso ao mapa com todas as denúncias, que será exclusivo ao poder público.  

O LAIS desenvolve uma pesquisa na área desde março do ano passado e começou a execução neste ano. O aplicativo, faz parte de um projeto mais abrangente, que é o Observatório da Dengue. A ideia é que os relatórios das visitas dos agentes também sejam feitos através da internet, mas ainda não há previsão de data para as melhorias. 

De acordo com o coordenador  Programa Municipal de Combate à Dengue, Lúcio Pereira, o município conta com 382 agentes. Cada um é responsável por regiões de 800 a 1000 casas e trabalham com ciclos bimestrais de visitação. Até agora, de acordo com ele, não houve nenhuma reunião ou treinamento dos agentes para o ingresso no novo sistema. A data de lançamento do  aplicativo ainda não foi definida. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, no ano passado houve registro de 4.378 casos suspeitos na capital.

Números
45 dias é o tempo que se leva, em média, entre a descoberta e o combate ao foco do Aedes Aegypti. Ele deverá ser reduzido com o uso do aplicativo 
7 dias é o prazo médio de eclosão do ovo do mosquito 
382 é o número de agentes epidemiológicos de Natal
4.378 foram os casos suspeitos notificados em 2013

Campinas inicia vistoria à 'força' em imóveis com criadouros de dengue

Disponível em:  <http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2014/04>.  Acesso em: 24 abr. 2014

 

Cidade passa pela maior epidemia da história da doença, com 14 mil casos.
Primeira casa visitada fica em um condomínio no distrito de Barão Geraldo.

Do G1 Campinas e Região

Com autorização judicial e ajuda de um chaveiro, a Prefeitura de Campinas (SP) começou nesta terça-feira (22) a entrar à "força" em imóveis sem moradores onde há criadouros de dengue. Em meio a mais grave epidemia da história da doença na cidade, a primeira ação ocorreu no distrito de Barão Geraldo, área com segundo maior número de casos.

O município trabalha com 14 mil confirmações de dengue, segundo o mais recente balanço da Secretaria de Saúde, divulgado na semana passada. Das sete mortes em decorrência da doença investigadas, duas foram descartadas nesta terça-feira e uma confirmada, de uma paciente de Santa Bárbara D'Oeste. A cidade já tem outro óbito atestado. Técnicos do governo federal avaliam a situação na cidade.

Imóvel em Barão Geraldo
A entrada no imóvel de Barão Geraldo é resultado de uma liminar obtida pela Prefeitura em 11 de abril. A decisão judicial permite que os agentes de saúde entrem em locais abandonados ou onde os proprietários não autorizem. A primeira casa aberta fica em um condomínio e tem uma piscina com água parada que gerava queixa dos vizinhos.


"A casa ela está totalmente abandonada de dez anos para cá e a gente sempre está preocupado porque tem piscina, o mato em frente", disse o aposentado Gerson Baggio, vizinho da residência. Os agentes da Prefeitura fizeram vistoria em busca de criadouros de dengue e encontraram lavas do mosquito Aedes aegyptino local. Na saída, o imóvel foi novamente trancado e um cartaz afixado para avisar o proprietário sobre a ação.

"Esta é uma operação que não será feita em uma escala muito grande, até porque a maioria dos imóveis a gente está insistindo em contactar os proprietários ou a administradora", afirmou o secretário municipal de Saúde, Cármino de Souza. Além do distrito de Barão Geraldo, o trabalho será feito no Parque Universitário e Botafogo.

Recomendações
Aos primeiros sintomas da dengue (febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos), a recomendação do Ministério da Saúde é procurar o serviço de saúde mais próximo e não se automedicar. Quem usa remédio por conta própria pode mascarar sintomas e, com isso, dificultar o diagnóstico.

Para diminuir a proliferação do mosquito, é importante que a população verifique o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito. Além disso, é essencial cobrar o mesmo cuidado do gestor local com os ambientes públicos, como o recolhimento regular de lixo nas vias, a limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias.





terça-feira, 22 de abril de 2014

7 curiosidades surpreendentes sobre os morcegos

Por ter um aspecto muito diferente do que imaginamos quando pensamos em um mamífero, os morcegos acabam causando mais receio do que interesse nas pessoas. Mas é justamente por serem diferentes que esses animais são extremamente fascinantes.
Então, confira algumas curiosidades incríveis – que foram selecionadas pelo Mother Nature Network – sobre os morcegos, mude de ideia quanto essas criaturinhas e entenda como elas são indispensáveis para o planeta.

Disponível em: <http://boainformacao.com.br/2014/04/7>. Acesso em: 22 abr. 2014

1. Os morcegos representam cerca de 20% de todos mamíferos

A ordem Chiroptera é formada por mais de 1.200 espécies, o que faz com que os morcegos sejam uma das maiores ordens de mamíferos. Eles só perdem para os roedores, que somam 2.277 espécies e correspondem a 40% dos mamíferos.
Os quirópteros se dividem em duas subordens: mega morcegos e micro morcegos. Os mega morcegos – mais conhecidos como raposas-voadoras – têm uma excelente visão e se alimentam de frutas e néctar. Já os micro morcegos têm como principal característica a ecolocalização e um apetite por insetos e sangue.

2. As colônias de morcegos facilitam o controle de pestes

Quando existe uma grande colônia de morcegos na região, não é necessário investir em pesticidas nocivos para a agricultura. Isso porque um único morcego come mais de 600 insetos por hora – o que faz desse animal uma excelente alternativa orgânica no controle de pestes. Com a ajuda deles, a agricultura economiza bilhões de dólares.
Porém, esse recurso se encontra ameaçado. Os cientistas buscam entender como será o futuro desses animais na América do Norte na próxima década, já que eles estão sendo sofrendo com a perda de hábitat e com doenças.

3. As fêmeas conseguem controlar a gestação

Para garantir que as condições externas são ideais para receber seu filhote, as mamães-morcego têm táticas biológicas que permitem que elas controlem a fertilização, a implantação do óvulo e o desenvolvimento do feto.
Nas espécies em que o acasalamento ocorre no outono, as fêmeas guardam o sêmen do macho em seu sistema reprodutor para que seus óvulos sejam fertilizados apenas na primavera. Em outros casos, o óvulo é fertilizado logo após a cópula, mas a implantação na parede uterina só acontece quando houver condições favoráveis. Em outro processo de adaptação, a fertilização e implantação ocorrem normalmente, mas o feto fica adormecido por um longo período.
Em geral, as fêmeas se utilizam dessas táticas para garantir que o nascimento dos filhotes coincida com a maior oferta de frutas e insetos no ambiente em que vivem.

4. Alguns morcegos realmente se alimentam de sangue

É fato que algumas espécies de morcegos se alimentam de sangue, mas ao contrário do que muitos pensam, essas criaturas não chupam o sangue dos animais. Em vez disso, eles usam seus dentes afiados para fazer um pequeno corte na pele do animal. Assim, eles ingerem apenas o sangue que sai do ferimento.
E também se engana quem acha que eles precisam de quantidades enormes de sangue. Em geral, duas colheres de sopa é uma dose diária suficiente para o morcego e é uma quantidade que não causa nenhum prejuízo à vítima. Ainda, a saliva dessas espécies é composta por uma substância anestésica que impede que o animal sinta o corte.

5. Os morcegos ficam de ponta-cabeça para economizar energia

Se ficarmos alguns minutos de cabeça para baixo já começamos a nos sentir mal, não é mesmo?! Mas essa posição é fundamental para que os morcegos conservem energia. Isso porque o sistema circulatório desses animais é bastante diferente do nosso. Essas criaturas passaram por adaptações que garantem que o sangue seja bombeado para as extremidades e distribuído igualmente em todo o seu corpo quando ele está de ponta-cabeça.
Pode parecer estranho, mas é muito mais confortável para um morcego ficar pendurado do que desafiar a gravidade e tentar ficar em pé. E como eles têm ossos e músculos extremamente leves para o voo, não é esforço nenhum sustentar o peso do corpo.

6. Os morcegos são os únicos mamíferos que podem voar

Você pode até se lembrar dos esquilos voadores ou outras espécies menos conhecidas – como o petauro-do-açúcar e o colugo – que percorrem pequenas distâncias no ar, mas a verdade é que os morcegos são realmente os únicos mamíferos que conseguem levantar voo e se manter no ar.
Ao contrário dos pássaros, que movem totalmente seus membros anteriores, os morcegos voam batendo seus dígitos. A membrana de suas asas é sensível e delicada e, assim como pode ser facilmente danificada, cresce rapidamente.

7. Os morcegos formam colônias enormes

A maior colônia natural de morcegos está na caverna de Bracken Bat, no Texas (EUA), e abriga 20 milhões de morcegos. Durante uma única noite, a colônia inteira pode chegar a consumir impressionantes 200 toneladas de insetos! A quantidade de animais é tão grande que, quando eles saem em busca de alimentos, a densa nuvem que se forma chega a ser visível pelo radar responsável pela temperatura.
Já a maior colônia urbana dessas criaturas fica em Austin, também no Texas, onde cerca de 1,5 milhões de morcegos vivem embaixo da ponte Ann W. Richards Congress Avenue Bridge. Depois de passar o inverno no México, os animais migram para a cidade de março a novembro – período no qual impressionam os turistas e moradores com voos incríveis quando saem em busca de alimentos.

Filme brasileiro aborda uso de agrotóxicos em alimentos

Disponível em: < http://www.brasil.gov.br/saude/2014/04>.  Acesso em: 22 abr. 2014

"O veneno está na mesa 2" mostra alternativas de produção de alimentos saudáveis, que respeitam natureza, trabalhadores e consumidores

O filme "O veneno está na mesa 2", produzido com o apoio da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), tem estreia marcada para esta quarta-feira (16), no Teatro Casa Grande, no Leblon, às 20h. A entrada é gratuita.
Dirigida por Sílvio Tendler, a obra amplia o debate promovido pelo primeiro documentário, que impactou o Brasil mostrando as perversas consequências do uso de agrotóxicos na alimentação dos brasileiros.
"O veneno está na mesa 2" atualiza e avança na abordagem do modelo agrícola nacional atual e de suas consequências para a saúde pública. O filme apresenta experiências agroecológicas empreendidas em todo o Brasil, mostrando a existência de alternativas viáveis de produção de alimentos saudáveis, que respeitam a natureza, os trabalhadores rurais e os consumidores.
“Com este documentário, vem a certeza de que o País precisar tomar um posicionamento diante do dilema que se apresenta: em qual mundo queremos viver? O mundo envenenado do agronegócio ou da liberdade e da diversidade agroecológica?”, questiona a produção do filme.
Após a exibição, haverá um debate com o diretor, com o membro da coordenação nacional do MST João Pedro Stédile e com o pesquisador da Fiocruz e ex-gerente da Anvisa Luiz Cláudio Meirelles.
1ª edição
"O veneno está na mesa 1" foi lançado no Rio de Janeiro no dia 25 de julho de 2013 e, com 60 minutos de duração, o filme mostrou como o País facilita o consumo dos agrotóxicos da população e como movimentos sociais e setores do próprio governo como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) têm tentado, de formas distintas, alertar sobre o problema.
Com entrevistas de trabalhadores rurais, pesquisadores da área da saúde e diversos dados e informações inéditas, o documentário serviu para denunciar casos de contaminação pelo uso de agrotóxicos, inclusive com a morte de um trabalhador, e falou sobre a possibilidade de estabelecer outro modelo de produção sem o uso de venenos, baseado na agroecologia.
Fonte:


Pesquisa da USP desenvolve aparelho que detecta dengue em 20 minutos

Disponível em: <http://www.correiodoestado.com.br>. Acesso em: 22 abr. 2014

Um aparelho portátil e de baixo custo, desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), é capaz diagnosticar com precisão os pacientes com o vírus da dengue em apenas 20 minutos, já a partir dos primeiros sintomas. A novidade está sendo possível porque um estudo mostrou alta concentração da proteína NS1, produzida pelo vírus. Atualmente, o exame para detectar a doença só pode ser feito no sexto dia, o que faz com que ela seja confundida com outras infecções e nem sempre tratada da forma adequada. A demora no diagnóstico pode levar, especialmente nos casos de reincidência, à morte.
“O teste convencional não pode ser feito nos primeiros dias, porque ele mede a concentração de anticorpos. [O paciente] tem que ter quadro avançado de dengue. O novo aparelho detecta a proteína já nos primeiros dias”, disse o professor Francisco Guimarães, responsável pelo estudo. O dispositivo, similar ao que é utilizado na medição de glicemia, funciona da seguinte forma: o anticorpo que reage à proteína NS1 é cultivado na gema do ovo. Em seguida, ele é colocado em alta concentração sob uma membrana metálica, a qual em contato com o sangue infectado, reage eletricamente.
Guimarães destaca que a utilização de ovos de galinha para produzir os anticorpos foi uma das formas encontradas para baratear o custo do produto. “A gente gerou fora do corpo humano, sem usar animal, e isso faz com que o preço fique muito baixo. Apesar de o corpo ter milhões de proteínas, só aquela do vírus da dengue se liga ao anticorpo”, explicou. O aparelho deve custar entre R$ 100 e R$ 200. “A ideia é que todo posto de saúde, mesmo em lugares mais remotos, possam fazer o teste rápido, sem que o sangue tenha que ser levado para grandes centros. Evita-se a demora no resultado, pois é um teste direto”.
O professor espera que, em no máximo dois anos, o dispositivo esteja disponível para venda. “Fizemos o protótipo, mas ele tem que passar ainda pela etapa de desenvolvimento do produto, de validação pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], de produção e só então a etapa de venda. Esse é o prazo mais otimista”, avaliou. A próxima fase da pesquisa é desenvolver biossensores que identifiquem o tipo de vírus da dengue. “Se o paciente pegou o tipo 1 e na cidade está alastrando o tipo 3, a chance dele ter hemorrágica é grande, pois é preciso ser infectado por vírus distintos. Por isso a importância de identificar o tipo”.



segunda-feira, 14 de abril de 2014

Mosquito ‘trans’ promete acabar com a dengue

Acesso em 14 abr. 2014

Projeção feita para Rio Preto com base na densidade populacional aponta: dois bilhões de mosquitos geneticamente modificados seriam capazes de reduzir, na cidade, em mais de 90% a incidência do mosquito Aedes aegypi, transmissor da dengue, em um período de até seis meses. Não se trata de milagre, mas de um avanço da ciência: larvas produzidas a partir da cópula do macho transgênico com a fêmea normal morrem antes de chegar à fase adulta. 

A empresa britânica Oxitec, com fábrica em Campinas (SP), conseguiu liberação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, para produzir o mosquito transgênico criado para combater a dengue. Batizado de OX513, o organismo - que não ameaça o meio ambiente e nem as pessoas, segundo a empresa - pretende acabar com a população adulta selvagem do Aedes aegypti. 

A tecnologia consiste na inserção de dois genes em mosquitos machos, que após serem liberados na natureza, são incapazes de produzir descendentes viáveis ao copularem com fêmeas selvagens, que são responsáveis pela transmissão da doença. Os mosquitos transgênicos também herdam um marcador que os torna visíveis sob uma luz específica, como se fosse uma fluorescência. Esta tecnologia é uma evolução da Técnica do Inseto Estéril (TIE), que há mais de 50 anos utiliza radiação para esterilizar insetos machos para controlar ou até eliminar as populações de insetos pragas. 

Testados 

No Brasil, o projeto foi desenvolvido pela Oxitec em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e o organização social Moscamed, em uma biofábrica na cidade de Juazeiro (BA). Os testes foram feitos nos bairros Itaberaba e Mandacaru, na cidade de Juazeiro, e o bairro Pedra Branca, em Jacobina, ambas do Estado da Bahia, por meio de uma autorização da CTNBio. 

A empresa chegou a constatar uma redução de até 93% da população selvagem do mosquito da dengue após seis meses. “Esse mesmo procedimento foi desenvolvido com sucesso na Malásia e Ilhas Cayman. O próximo passo é o Panamá”, afirma Glen Slade, diretor global de desenvolvimento de negócio da Oxitec. 

Depois de dois anos de testes, a Oxitec estima que para cada 50 mil habitantes, serão necessários 10 milhões de mosquitos por semana (240 milhões em seis meses, pois uma primeira parte do processo demora até uma semestre). Todo o trabalho deve ser desenvolvido em um ano e custará de R$ 2 a R$ 5 milhões. Depois disso, a estimativa de investimento é de R$ 1 milhão. A empresa afirma que pretende reduzir os valores quando a comercialização for liberada. 

Rio Preto 

Com base no panorama de Rio Preto - projetando a partir da população das cidades onde foi feito o teste - seriam necessários 2 bilhões de mosquitos transgênicos para atender a demanda de 434.039 habitantes (8,6 vezes o tamanho das cidades de 50 mil habitantes, onde ocorreu a experiência). A Prefeitura teria que investir de R$ 17,2 a R$ 43 milhões no primeiro ano de ação. 

Para o secretário municipal de Saúde, José Victor Maniglia, ainda é precipitado se falar sobre a eficiência desses mosquitos transgênicos. “Temos só o resultado de pequena escala. Eles já foram testados em outros lugares e não deram certo. Eficaz, com certeza, será a vacina, que imunizará as pessoas da doença. Enquanto isso é necessário se investir nas ações de prevenção.” A pasta estima gastar R$ 34 milhões para combater a dengue neste ano. 

Ainda não pode vender 

O OX513A é o primeiro inseto geneticamente modificado a obter essa licença no País, mas ainda não pode ser comercializado. Para vender o inseto, a Oxitec ainda precisa de um registro comercial do produto. De acordo o diretor Glen Slide, a empresa conversa com o governo brasileiro para encontrar o caminho e conseguir o registro. “É um grande avanço ter a liberação da comissão. Já que o Brasil tem uma das maiores incidências de dengue do mundo. Não se pode falar em ausência de risco, mas por enquanto, esse é o método mais eficaz para se combater a dengue.”

Cidade teve epidemia em 2010 e 2013 

De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde de Rio Preto (no último dia 17) 73 pessoas foram picadas pelo mosquito Aedes aegypti e estão com dengue. O número é referente ao primeiro trimestre do ano. Dos casos confirmados, três pessoas estão com dengue com sinais de alarme, segundo a nova classificação do Ministério da Saúde. Isso significa que os pacientes apresentam dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos e sangramento de mucosas. Eles foram registrados nos meses de fevereiro (2) e janeiro (1). 

Os outros 70 casos são classificados somente como dengue comum, já que os principais sintomas são febre, dor no corpo e mal estar. O boletim da Saúde totaliza 1.406 notificações. Dessas, 1.070 já foram descartadas. No mesmo período de 2013, a Prefeitura havia registrado 23.587 notificações, sendo 12 de dengue com complicações e seis como febre hemorrágica dengue. Essa era a classificação antiga utilizada pelo Ministério da Saúde. No ano passado, a cidade enfrentou a segunda pior epidemia de dengue da história, com 18.702 infectados e nove mortes. Em 2010, o ano com a pior epidemia da história da cidade, foram 24.286 pessoas infectadas e 12 mortes 

Mosquito agora transmite nova doença 

Estudo da Fundação Oswaldo Cruz e do Instituto Pasteur revela que o Aedes aegypti pode se tornar transmissor de mais uma doença no País, além da dengue e da febre amarela. Trata-se da febre chikungunya, provocada pelo vírus de mesmo nome que circula por 40 países e chegou recentemente ao Caribe. No Brasil, três casos importados foram registrados. Um deles é uma mulher de 25 anos, moradora de Tanabi, que foi picada na Índia, de onde voltou em 2010, com os sintomas da doença, que são febre e fortes dores nas articulações. Os outros casos foram confirmados no mesmo ano. 

Durante os estudos, foram analisados cepas de vírus da África, Nova Caledônia e da região do Oceano Índico. Em laboratório, mosquitos de dez países foram infectados e se apresentaram aptos para a disseminação da doença em sete dias. De acordo com o estudo, além do Aedes aegypti, o Aedes albopictus tem potencial elevado de disseminar a febre. A preocupação dos pesquisadores é maior com a proximidade da Copa do Mundo, com o aumento de turistas no Brasil. 

A febre chikungunya tem sintomas semelhantes aos da dengue - dor de cabeça, febre alta, dor musculares. O que diferencia as doenças são as fortes dores nas articulações, que em alguns casos pode durar meses. A doença não apresenta alterações sanguíneas, como queda de plaquetas, que leva à forma hemorrágica, no caso da dengue.









Mosquito da dengue está mais forte e resistente à inseticidas, segundo pesquisador

Disponível em: <http://acritica.uol.com.br/noticias/manaus-amazonas-amazonia>.  Acesso em 14 abr. 2014
A população do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, encontrada em Manaus e em outras capitais do País está cada vez mais resistente aos inseticidas utilizados para eliminá-la. Estudos realizados pelo núcleo de pesquisadas de malária e dengue do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) revelaram que determinadas populações do mosquito desenvolveram uma mudança genética, de acordo com a exposição ao veneno, e está a cada ano resistente a vários tipos de inseticidas utilizados pelo Governo do Amazonas e Prefeitura de Manaus.
A pesquisa coordenada pelo professor Wanderli Tadei busca criar novas fórmulas de inseticidas que sejam eficientes no combate ao mosquito. O pesquisador estuda o mosquito há mais de 35 anos. Ele apresentou os resultados dos estudos com novas tecnologias a serem aplicadas no atual cenário da dengue na capital, em uma palestra, na sede administrativa do Museu da Amazônia (Musa), na Zona Centro-Sul.
Ele explicou que é natural o Aedes Aegypti criar resistência e por esse motivo é necessário fazer o monitoramento constante do mosquito e elaborar a adaptação do inseticida para que as medidas de controle tenha maior efetividade.
Wanderli identifica a linhagem que tem resistência e trabalha numa forma mais forte de eliminá-las, mas sem causar nenhum risco ao ser humano.
Ele citou como exemplo o Estado de São Paulo que vive atualmente um grande número de registro de pessoas com Dengue. “Lá também não se pode mais usar determinados inseticidas porque a resistência do mosquito aumentou”, disse.
Segundo ele, o Temefós era o inseticida mais usado em todo o País no combate, principalmente, das larvas do mosquito, mas se tornou obsoleto devido à resistência que Aedes Aegypti desenvolveu ao longo dos anos. O veneno também foi eliminado em Manaus que usa atualmente o inseticida diflubenzuron. “Mesmo com os efeitos do diflubenzuron impedindo que a larva chegue à forma adulta estamos testando novos compostos.

Manaus foi uma das últimas capitais do Brasil a ser infectada pelo mosquito da dengue na década de 90. A vigilância era mantida no aeroporto e no porto fluvial onde em 1993 encontramos três largas, mas não houve infestação. Mas em 1996 encontramos a Praça 14 totalmente infestada pelo mosquito da dengue e não teve como evitar que se espalhasse pela cidade. Como a infestação na Praça 14 era muito grande a luta foi inglória. Hoje Manaus vive uma situação muito boa”, contou.