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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Confraternização de fim de ano dos bibliotecários da Rede de Bibliotecas Setoriais da SES


Bibliotecários da REBIS


Gisele (HRAN), Viviany (FEPECS), Warley (HRAN).



Gisele/HRAN; Eduardo/DIVAL; Lidiane/FEPECS; Eldisa/HRS, Catherine/HBDF; Viviany/FEPECS; Warley/HRAN; Débora/LACEN; Denilúcia/HRS; Lucimara/HRAS; karla/FEPECS; Nize/HRSAM; Marly/LACEN.
 

Eduardo (DIVAL) e Lidiane (FEPECS)


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

AC: JN mostra diferenças no combate à dengue em duas cidades

JORNAL NACIONAL, Tv Globo. Edição do dia 13/12/2011

No Norte do Brasil, o percentual da população em áreas de risco é de 16,8%, mais que o triplo da média nacional. Equipe visitou duas cidades muito próximas, mas em situações bem diferentes.





A equipe do JN no Ar foi para o Acre investigar a situação da dengue, às vésperas do verão.

A equipe precisou ficar mais ou menos 12 horas nas ruas, porque precisava encontrar, em duas cidades diferentes, o que estava sendo feito pelas autoridades, e também o que não está sendo feito por elas, para combater o mosquito da dengue. Há muita coisa certa, e muita coisa nem tão certa assim. Mas o importante é mostrar para a população, não só do Acre, mas do Brasil inteiro, que ainda dá tempo de fazer muita coisa e o que pode ser feito. A reportagem foi feita com apoio da TV Acre.
Depois de três horas e cinquenta minutos pelos céus iluminados do Brasil, assim que se chega ao Acre, se descobre que o inimigo, no local, tem outro nome: “Outro dia eu matei uma carapanã da dengue lá em casa. Ela não é listrada assim, tem uma listrinha preta. A gente chama carapanã, mas é o mosquito!”, conta uma moradora.
Independentemente do nome ou do lugar, na hora em que o ele morde é o mesmo sai de baixo. “É uma doença horrível! Dói tudo, canto dos olhos, não podia nem mexer os olhos, fiquei toda empolada, coçando”, lembra a moradora.
Na região Norte do Brasil, o percentual da população em áreas de risco é de 16,8%, mais que o triplo da média nacional.
“Nós temos chuva em abundância, temperaturas altas, umidade relativa do ar altíssima. Graças a Deus, nós não estamos em epidemia. Mas, se nós não cuidarmos, podemos vir a ter epidemia, porque temos bastante mosquito distribuídos no meio ambiente”, destaca a secretária estadual de Saúde do AC, Suely Melo.
Portanto, questão importantíssima, por lá, é combater o maldito carapanã. “A bicha é perigosa, tem que procurar!”, avisa uma mulher.
Nessa batalha, o JN no Ar vai a duas cidades muito próximas, em situações bem diferentes.
Em Bujari, autoridades federais encontraram focos do mosquito em apenas 1,3% dos imóveis vistoriados. Situação de alerta, mas não de alto risco, como na quase vizinha Senador Guiomard, onde o índice de infestação de 8,9% é sinal de muito mosquito nas casas, quintais, terrenos baldios e lixeiras, risco altíssimo, com possibilidade de surto já nas próximas semanas, com um calor cada vez maior.
Por falar em calor e as piscinas? Não dá para dizer ao certo em que quantidade o mosquito da dengue prolifera em uma piscina abandonada visitada. Mas é possível ver, a olho nu, que virou um criadouro de sapos e basta pegar um pouquinho de água para ver a quantidade de larvas.
A área pertencia a um clube particular que ficou abandonado durante anos e foi desapropriado pela prefeitura há seis meses. A prefeitura diz que vem tomando as medidas necessárias para evitar a proliferação do mosquito da dengue. Mas isso já faz seis meses.
A secretária diz que técnicos estaduais colocaram produtos químicos para matar as larvas do mosquito da dengue.
No município de Bujari, onde o mosquito dá um pouco mais de descanso, é prática frequente levar às escolas palestras de esclarecimento. Será que as ruas e praças de lá são sempre limpas? “Sabiam que vocês vinham e a cidade tinha que estar limpa”, revela uma mulher.
Pendurar enfeites de Natal que acumulam água e servem de criadouro não parece um bom caminho para manter o perigo distante.
Às 10h da manhã no Acre, meio-dia no horário de Brasília, apenas três horas depois que a equipe do JN no Ar passou pelo clube abandonado, a prefeitura conseguiu seis funcionários para fazer a limpeza das piscinas. Coincidiu com a visita o chamado arrastão contra a dengue em Senador Guiomard. Agentes municipais e estaduais bateram nas portas de várias casas dando orientações e procurando o mosquito onde quer que ele estivesse.
Por todo o país, 742 mil já pegaram dengue este ano. Mesmo com uma redução no número de casos, foram 456 mortes. É uma questão nacional que merece atenção de todos os brasileiros.
“A gente olha tudo, caixa d’água, balde, vasilha de cachorro, tampinha de garrafa. Desde o ovo até a fase a adulta, são de 7 a 15 dias”, explica o agente de vigilância de saúde Rodrigo de Almeida.
É tão rápido que operária Marluce não fazia ideia da criação de mosquitos no quintal de casa.
“Tenho cinco netos. Eu não, eu já estou velha, mas e os netos? É um perigo”, diz.
Para não ter mais dúvida, Marluce prometeu seguir os conselhos dos agentes de saúde e acabou com o tal do carapanã da dengue com as próprias mãos.
“E eu tenho legítima certeza que eu digo para vocês: de hoje para frente vocês não encontram isso aqui, porque agora eu sei o que é”, avisou.
A população se mobiliza. Bastou chamar a atenção para o assunto, que todos começaram a se mexer, tirar água parada de dentro de casa e do quintal. E o JN vai continuar falando do assunto, não só no Acre, mas também em outras partes do Brasil.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Uso de inseticida contra Aedes aegypti pode atrapalhar no combate à dengue

JORNAL NACIONAL, Rede Globo de Televisão.  Edição do dia 08 de dezembro de 2011

Ele só funciona nos mosquitos mais fracos. E os que sobrevivem se reproduzem e transmitem essa resistência para os descendentes. Em pouco tempo, forma-se uma população de mosquitos que não sofrem os efeitos.








O Jornal Nacional mostrou, há dez dias, que a Prefeitura de Foz do Iguaçu, no Paraná, distribuiu inseticidas para a população como forma de reforçar o combate à dengue. Toda a cidade foi convidada a usar o spray, além, claro, de manter o cuidado de eliminar os focos de mosquitos, reservatórios de qualquer tamanho em que haja água parada.
Mas, depois que o JN mostrou essa iniciativa, o Ministério da Saúde divulgou uma nota sobre o assunto e informou que não existem evidências científicas sobre a eficácia da medida.
No Rio de Janeiro, a repórter Lília Teles foi à fundação Oswaldo Cruz e ouviu, dos pesquisadores, por que o uso do inseticida contra o Aedes aegypti pode até atrapalhar o combate à doença.
O ano que se aproxima traz previsões alarmantes para a epidemia de dengue. Os brasileiros ainda não conseguiram controlar a doença, e não é por falta de conhecimento no combate ao mosquito transmissor.
“Na minha casa todos os vasinhos têm terrinha embaixo”, conta uma senhora.
“Nas plantinhas não deixo água de jeito nenhum. Tenho pavor porque eu já tive. Tenho pavor da dengue”, garante outra senhora.
E alguns ainda vão além, para matar o mosquito: “Inseticida, sim. Nos quartos, na sala, na cozinhas, no banheiro”, revela uma mulher.
Mas inseticida é uma boa arma no combate à dengue? Ele consegue matar todos os mosquitos e evitar a epidemia da doença? A resposta é não! Isso é comprovado em laboratórios da Fiocruz em pesquisas feitas há mais de 12 anos. Os experimentos mostram o que acontece aos mosquitos quando se faz uso frequente do inseticida.
Os pesquisadores separaram dois grupos de mosquitos e aplicaram a mesma dose de inseticida nos dois. Um dos grupos é sensível, criado em laboratório e nunca teve contato com o veneno. O outro tem mosquitos retirados do ambiente, acostumados aos combates com remédio.
No grupo dos sensíveis, todos os mosquitos morreram, já no outro, o veneno fez pouco efeito e a maior parte dos insetos se manteve viva.
Segundo os pesquisadores, o mesmo acontece com o uso descontrolado do inseticida doméstico. Ele só funciona nos mosquitos mais fracos. Os insetos que sobrevivem se reproduzem e transmitem essa característica de resistência para os descendentes. Em pouco tempo, forma-se uma população de mosquitos que não sofrem o efeito do veneno.
“Se a gente usa o inseticida como a principal arma de controle de combate ao inseto, a gente vai fazer com que só os insetos resistentes sobrevivam . O que a gente tem que ter é a precaução de eliminar os criadouros”, explica Denise Valle, pesquisadora da Fiocruz.
A Prefeitura de Foz do Iguaçu informou, em nota, que recomenda o uso do spray com base em pesquisas dos hábitos do mosquito, feitas com dados da Fiocruz. E que a população foi orientada a utilizar corretamente o spray em horários e locais apropriados, e não indiscriminadamente, como vinha sendo feito.
A prefeitura ressaltou ainda que os outros métodos de combate à doença não foram abandonados.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Rio Branco, Porto Velho e Cuiabá correm risco de surto de dengue


Correio Braziliense-DF,  05 de dezembro de 2011. Brasil. 
 
Três capitais, Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT), estão entre as 48 cidades com risco de surto de dengue, conforme mapa de infestação do mosquito Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, divulgado hoje (5) pelo Ministério da Saúde. Nas cidades, mais de 3,9% das casas e imóveis visitados foram encontrados larvas do mosquito, índice considerado preocupante pelo governo federal.

Para tentar conter o aumento de casos da doença em Rio Branco e em outras quatro cidades do estado, a Secretaria de Saúde do Acre decidiu conceder bônus para incentivar o trabalho dos agentes sanitários. Cada agente que diminuir em, pelo menos, 20% os criadouros do Aedes aegypti receberá um adicional de R$ 200 por mês, disse a diretora de Vigilância Epidemiológica do estado, Mônica de Abreu, à Agência Brasil. O programa, iniciado hoje (5), custará R$ 38 mil.

Segundo a diretora, outra ação em andamento é a distribuição de capas para cobertura das caixas d'água das casas. “Nas escolas municipais estão sendo feitas oficinas para conscientização das crianças”, acrescentou. Além de Rio Branco, as cidades acrianas de Brasileia, Epitaciolândia, Porto Acre e Senador Guiomard também correm risco de surto de dengue.

O mapa de infestação mostrou ainda que mais de 47% dos municípios nessa situação estão na Região Nordeste. Pernambuco tem o maior número de cidades com chances de enfrentar um surto de dengue, sete no total. São elas: Afogados da Ingazeira, Araripina, Arcoverde, Camaragibe, Floresta, Garanhuns e Santa Cruz do Capibaribe.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Pernambuco anunciou um investimento, este ano, de R$ 4,4 milhões para a compra de 33 veículos, a contratação de 660 agentes e 35 sanitaristas para apoiar as prefeituras no combate à doença. O estado notificou 34.907 casos de dengue em 2011, ante 57.785 no mesmo período de 2010.

DF está em alerta para ocorrência de surto de dengue, diz Ministério

Correio Braziliense-DF, 05 de dezembro de 2011. Cidades.

Larissa Leite
O ministro Alexandre Padilha durante a divulgação do levantamento Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Liraa), do Ministério da Saúde (Marcello Casal Jr./ABr)
O ministro Alexandre Padilha durante a divulgação do levantamento Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Liraa), do Ministério da Saúde
O Distrito Federal é uma das 14 capitais do país em estado de alerta para a ocorrência de surto de dengue. O dado integra o Levantamento Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Liraa), do Ministério da Saúde, divulgado nesta segunda-feira (5/12). A ferramenta aponta a ocorrência de focos de reprodução do mosquito transmissor em 1,1% das residências do DF. Em 2010, o percentual era de 0,6% – quando a situação local era classificada como satisfatória.

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os locais em estado de alerta devem ficar atentos à proliferação do mosquito transmissor. "Como as chuvas se intensificam em janeiro, fevereiro, mesmo quem está em alerta está suscetível a um surto e precisa ficar mais próximo da comunidade, orientar a população", disse. Segundo o Ministério da Saúde, a maior parte dos focos da região Centro-Oeste estão relacionados ao abastecimento de água – são encontrados em poços, caixas d'água e tambores.

No país, 48 municípios brasileiros estão em situação de risco para ocorrência de surto de dengue. O levantamento foi realizado entre os meses de outubro e novembro deste ano, em parceira com as secretarias municipais de saúde. Nos municípios em situação de risco, mais de 3,9% dos imóveis pesquisados apresentaram larvas do mosquito. Ao todo participaram 561 cidades

Brasília em alerta contra a dengue

A capital federal e mais 283 cidades apresentam índices insatisfatórios de focos do mosquito transmissor da doença, segundo o governo
Larissa Leite

Correio Braziliense-DF,  06 de dezembro de 2011. Brasil, p. 07.

Agente de saúde procura foco do mosquito da dengue em casa do Distrito Federal: maior incidência da doença ocorre no verão  (Rafael Ohana/CB/D.A Press - 5/10/10)
Agente de saúde procura foco do mosquito da dengue em casa do Distrito Federal: maior incidência da doença ocorre no verão

Mais da metade dos municípios do país avaliados pelo Ministério da Saúde (MS) estão em situação de alerta ou risco para a ocorrência de surto da dengue. O risco iminente, calculado quando pelo menos quatro de 100 residências apresentam focos de reprodução do mosquito transmissor da doença, atinge cerca de 4,6 milhões de pessoas em 48 cidades brasileiras. Já a situação de alerta — observada quando a infestação ocorre em percentual que varia de 1% a 3,9% dos domicílios — afeta 236 cidades, sendo 14 capitais. Brasília não apenas está entre elas, como teve piora no índice deste ano, quando comparado ao do ano passado. Em 2010, o Distrito Federal tinha um índice de 0,6%, considerado satisfatório. Neste ano, subiu para 1,1% — valor maior do que o observado em Campo Grande (1%) e um pouco inferior ao de Goiânia (1,2%). Os índices mais altos entre as capitais foram observados em Salvador (3,5%), Palmas (3,1%) e Recife (3,1%).

Para chegar aos dados, o ministério avaliou 561 cidades em outubro e novembro deste ano por meio do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa 2011). Com a ferramenta, é possível gerar um mapa no qual pode-se identificar a concentração das larvas do mosquito transmissor da dengue. Ao anunciar os dados, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ponderou que eles não representam “o risco de uma epidemia”, que “deve combinar o foco do mosquito e o aparecimento no número de casos”. Mas o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Jarbas Barbosa, reiterou a necessidade de vigilância para as cidades que receberam uma mancha vermelha no mapa da dengue. “Há uma correlação entre índice de infestação alto e risco de epidemia, isso é comprovado cientificamente.” Ainda segundo o secretário, a combinação da “mobilização da comunidade e um efetivo trabalho de campo dos agentes de saúde” pode melhorar a situação das cidades ainda neste ano.

O secretário exemplificou a necessidade do reforço no combate ao foco do mosquito com a realidade da capital federal: “Em Brasília, como em outros municípios, temos uma situação muito desigual entre bairros da cidade. Se um bairro determinado está com índice alto agora e nada for feito, isso vai se espalhar para os outros lugares e aí você vai ter muitas novas áreas com risco para dengue quando chegar o verão”. O coordenador-geral do Programa de Prevenção e Controle de Dengue da Secretaria de Saúde do DF, Ailton Domicio da Silva, adiantou ao Correio que 20 regiões do DF mantêm os índices de infestação abaixo de 1%, ou seja, satisfatórios. No entanto, pelo menos cinco regiões contribuem para elevar o índice geral da região: Colônia Agrícola Samambaia (4,5%), Recanto das Emas (de 1,1% a 2,6%), São Sebastião (2,4%), Guará I (2,3%) e Lago Norte (2%).

Segundo Ailton Domicio, em Brasília, os principais criadouros do mosquito da dengue estão localizados em recipientes móveis. “No Lago Norte, por exemplo, 66,7% dos casos de focos são em vasos de plantas, bebedores de animais, pequenos depósitos, objetos que acumulam água por descuidos do morador.” O tal descuido é apontado por Ailton como um dos possíveis motivos para o aumento do índice de foco do mosquito em Brasília. “A explicação desse aumento é difícil de ser dada, já que as ações de prevenção e mobilização aumentaram. Quando o agente passa e encontra uma situação de risco, ou ela é eliminada ou tratada com inseticida. E ela vem acompanhada de orientação, mas, se o morador não incorpora a orientação, fatalmente a situação poderá se repetir”, afirmou.

Ailton reforça, no entanto, que o aumento no percentual dos focos não representa diretamente o aumento de casos. Em 2009, o DF teve 463 ocorrências confirmadas de janeiro a novembro. No mesmo período de 2010, 12.426. Até 3 de dezembro deste ano, 1.469. “Em 2010, tivemos um surto. Neste ano, não conseguimos equiparar nosso números com os de 2009, mas esse é o objeto para o verão 2011-2012”, afirmou. Ainda neste ano, o Ministério da Saúde repassará R$ 2,2 milhões ao DF para a ampliação das ações contra a dengue na região.

Colaborou Renata Mariz