Saiba como a psicoterapia pode ajudar as pessoas que sofrem com a cinofobia, o medo irracional de cachorros
22 de maio de 2014
Enquanto uma grande parcela da
população mundial se anima ao encontrar pets caninos nas ruas, aproveitando a
oportunidade para acariciá-los e brincar um pouco, outra parcela menor se
sente à beira de um ataque de nervos quando se vê nesse tipo de situação, já
que a cinofobia (termo específico para definir o medo e a
aversão a cães) não permite que a pessoa pense de forma racional, e desencadeia
uma série de sintomas relacionados ao estresse e ao nervosismo em função do
temor absoluto que sentem dos cachorros.
A falta
de confiança no comportamento dos cães é, normalmente, o principal item que incentiva
esse medo exagerado, fazendo com que a pessoa com cinofobia acredite que,
a qualquer momento, um cão que está próximo pode acabar lhe atacando ou lhe
mordendo – mesmo se tratando de um cão extremamente dócil.
Essa
falta de confiança, no entanto, não é algo que surge de maneira natural na
cabeça das pessoas que sofrem com este mal. Na maioria dos casos, este
medo irracional é engatilhado em função de algum ataque anterior ou do
conhecimento de alguém próximo que já tenha sido atacado ou mordido com
agressividade por um cachorro – fazendo com que a pessoa desenvolva uma espécie
de trauma que a impede de ficar próxima ou ter contato com estes animais.
Por
incrível que pareça, até mesmo o acompanhamento de notícias de casos de ataques
de cães podem ajudar a desencadear este trauma em algumas pessoas, fazendo
com que, mesmo sem nunca ter passado por uma situação de ataque por um
cachorro, a pessoa adquira a cinofobia. Até mesmo os próprios pais de uma
pessoa podem acabar desencadeando este tipo de trauma, já que não é
incomum que uma mãe temerosa acabe protegendo demais uma criança, afastando-a
de um cachorro sempre que haja uma proximidade maior.
Taquicardia,
boca seca, choro, suor excessivo, falta de ar, angústia extrema, paralisação do
corpo e vontade de sair do local onde o cão está presente são alguns dos
sintomas mais comuns nas pessoas que convivem com este quadro – que pode ser
tratado com a ajuda de um psicólogo profissional.
Embora o
tratamento para este tipo de trauma não tenha um período de tempo definido para
funcionar e permitir que as pessoas se relacionem com os cães, as terapias com
profissionais podem ajudar bastante quem sofre com a
cinofobia, investigando as causas e a origem exata deste medo irracional
e, com isso, buscando alternativas para exterminá-lo.
Em muitos
casos, cães adestrados são usados para auxiliar e trazer resultados para esse
tratamento, mostrando para a pessoa com cinofobia que os cachorros podem
ser animais dóceis, calmos, nada agressivos e em quem se pode confiar. O empenho
do paciente e os métodos usados pelo profissional que o trata são fatores
determinantes para o sucesso da terapia, cujos resultados podem variar
muito de pessoa para pessoa.
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