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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Prevenção contra a malária se encontra ameaçada, alerta estudo

Paloma Oliveto

Correio Braziliense. Brasília-DF,  28 de dezembro de 2012.

Sem vacina disponível para combatê-la, a malária continua matando 655 mil pessoas todos os anos — 80% delas só na África. Agora, um estudo da organização francesa Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) alerta que o problema pode ficar maior no continente: as principais ações preventivas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) estão perdendo o efeito devido ao potencial de adaptação do mosquito transmissor. No Benin, país localizado na região subsaariana, os dois principais vetores já não são mais alvo do piretroide, grupo de inseticidas que, normalmente, atacam o sistema nervoso do inseto, diminuindo os riscos de contaminação em humanos.

As principais diretrizes do Programa Global de Malária da OMS incluem a distribuição em larga escala de mosquiteiros impregnados com a substância, além da pulverização sazonal das paredes e dos muros das casas. Entre 2008 e 2010, 290 milhões de mosquiteiros foram distribuídos na África Subsaariana, o suficiente para proteger 580 milhões de pessoas. Ao mesmo tempo, 81 milhões, o equivalente a 11% da população em risco na região, tiveram as casas blindadas pelo inseticida. Para medir a eficácia dessas medidas, uma equipe de pesquisadores do IRD conduziu um estudo clínico em quase 30 cidades do Benin, que foram acompanhadas ao longo de 18 meses. Os resultados não se mostraram animadores.

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