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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Segundo estudo, mudança alimentar ajudou a domesticação dos cães

Adaptação genética fez com que ancestrais dos cachorros se tornassem capazes de digerir o amido, o que os aproximou dos primeiros agricultores. O processo teria sido iniciado há cerca de 12 mil anos


Correio Braziliense. 30/01/2013 

A domesticação dos cães foi um episódio importante para o desenvolvimento da civilização humana. Entretanto, ainda não há consenso entre os pesquisadores sobre o momento e o local da aproximação entre as duas espécies. Além disso, os especialistas pouco sabem sobre as mudanças genéticas que acompanharam a transformação dos lobos selvagens em animais de companhia. A partir de um estudo comparativo do genoma completo de 60 cachorros e 12 lobos, uma pesquisa da Universidade de Uppsala, na Suécia, sugere uma nova explicação para a origem dos cachorros de estimação. Publicado na edição mais recente da revista Nature, o artigo defende que esses bichos se tornaram o melhor amigo do homem ao sofrerem adaptações genéticas que os permitiram digerir melhor o amido.

“Os sinais genéticos que nós observamos mostram que somente os cães que eram capazes de digerir o amido de forma relativamente eficiente sobreviveram e se reproduziram”, explica o biólogo Erik Axelsson, principal autor do estudo. Segundo ele, tal resultado indica que os recursos alimentares nesse período de transição podem ter diminuído e aqueles indivíduos que conseguiram complementar a dieta padrão de carne com alimentos ricos em amido — e, de fato, digeri-los — adquiriram uma vantagem importante em relação aos outros. Isso não quer dizer que os cães preferiam o amido, mas tão somente que podiam fazer bom uso do polissacarídeo

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