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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Bicheira sob controle

BICHOS
Os vermes vão minando a saúde dos pets bem devagar. Saiba eliminá-los sem fragilizar ainda mais os mascotes
Correio Braziliense. Brasília,  24/06/2011, Revista do Correio. 
 (As calopsitas de Márcia Garcia passam por vermifugação periódica)
 
A advogada Márcia Garcia, 51 anos, divide a casa com dois casais de calopsitas. Como parte da rotina de cuidados, a cada três ou quatro meses, de acordo com as recomendações do veterinário, os animais são vermifugados. Mesmo assim, a advogada observa cuidados especiais antes de submetê-los ao tratamento. “Espero os 21 dias de chocagem, mais os 30 ou 40 dias que passam até os filhotes começarem a comer sozinhos e a criar penas, porque a vermifugação pode atrapalhar nesse período”, conta.
Aves, roedores, répteis, cães e gatos — o veterinário Pedro Henrique Siqueira explica que todos os animais devem ser vermifugados, em qualquer idade, a partir de 30 dias de vida. Os cães e gatos de rua são os mais acometidos por vermes, mas isso não significa os domésticos estão livres do problema. “Quando voltamos da rua, trazemos sujeira para casa, que pode contaminar os animais”, afirma o especialista. “Além de proteger a saúde dos pets, o tratamento protege a saúde da família.”
Cada vermífugo é indicado para uma espécie diferente de animal. Um exemplo são os para gatos. Heloísa Justen, professora de patologia animal da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, explica que, no caso dos felinos, os princípio ativos do medicamento são absorvidos rapidamente através da pele, entrando na circulação sistêmica e exercendo seus efeitos farmacológicos diretamente sobre os parasitas-alvo.
Apesar das diferenças, é possível agrupar os medicamentos em dois grupos. Pedro Henrique ensina que os de uso oral matam apenas os vermes adultos, deixando as larvas vivas. Por isso, depois de um período de 15 dias, é necessário aplicar uma dose de reforço. O outro tipo é tópico e elimina tanto os adultos quanto as larvas. Este último combate também pulgas e sarnas. Além do tratamento contra vermes, o profissional aconselha o combate às pulgas, já que as duas ocorrências costumam estar relacionadas.

Cuidados no tratamento
Na hora de vermifugar, alguns aspectos devem ser observados para garantir a saúde dos pets. Dependendo da patologia, as doses são administradas de acordo com o peso e do animal. Mas, cuidado: alguns cães são realmente intolerantes ao medicamento. Pessoas que cuidam de muitos animais em um mesmo ambiente também têm que tomar precauções. A veterinária Raquel Assunção Brozzon ensina que todos os animais da casa devem ser levados ao mesmo tempo para receber o medicamento. “Os vermes possuem dois ciclos: um interno e outro externo ao animal, quando são eliminados pelas fezes. Caso um dos bichinhos não tenha sido vermifugado, outro pode contrair os parasitas eliminados pelo companheiro”, detalha.
Se a quantidade de parasitas alojados no organismo do animal for muito grande, o remédio corre o risco de virar veneno, intoxicando o paciente. Por isso, é indispensável consultar um veterinário para avaliar a conveniência do tratamento. Para o veterinário Pedro Henrique, uma boa medida é aplicar o vermífugo oral a cada três meses. Produto tópico pede uma periodicidade diferente: uma vez por mês.

Agradecimentos: Point Animal e Bayer

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