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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mercado faz USP mudar curso de biologia

Folha de São Paulo. Ribeirão Preto, Quinta-feira, 07 de Julho de 2011

Alteração fará o curso ter, a partir de 2013, foco em três áreas: molecular e tecnológica, ambiental e evolutiva

Carreira passa a ter 60 vagas em Ribeirão, das quais 20 são novas; em 2018 haverá 90 vagas disponíveis no total


ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

O apelo da sustentabilidade, a exigência de relatórios de impacto ambiental a cada novo empreendimento e um mercado propício ao desenvolvimento da biotecnologia.
A demanda do mercado impulsionou a criação de novas ênfases para o curso de graduação de biologia na USP (Universidade de São Paulo), em Ribeirão Preto.
A mudança passa a valer a partir de 2013, quando o curso será focado em três áreas: molecular e tecnológica, ambiental e evolutiva.
A alteração segue resolução do Conselho Federal de Biologia e vem sendo planejada há dois anos, conta o diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Carlos Martinez.
Com isso, o mercado de trabalho dos futuros biólogos será mais amplo. "Há engenheiros agrônomos, florestais e vários profissionais atuando na área de biólogos", disse Martinez.
Após a reformulação, o curso terá duas fases em cinco anos: os dois primeiros anos farão parte de um ciclo básico e, no terceiro, o graduando escolhe entre as três áreas possíveis.
Além disso, haverá um estágio profissional no último semestre do curso. "Para isso, vamos firmar parcerias entre empresas e entidades da região", afirmou.
Serão disponibilizadas 60 vagas -sendo 20 novas. A partir de 2018, o curso terá 90 vagas. Hoje, segundo Martinez, quem se forma entra no mercado após fazer outras especializações.
Para atuar com ambiente, por exemplo, é preciso pedir uma licença para não ficar ilegal. "A mudança abre um leque de formação para o estudante", disse Lígia Bertolino, 23, que se forma em biologia neste ano e quer trabalhar com fármacos.
Como não passou pela nova grade curricular, terá que fazer especializações, ou mestrado e doutorado.
"Tive aulas com conteúdos que não aproveitarei no futuro", disse Ian Linares, 21, de biologia, que quer trabalhar com transgênicos.
Para ele, a nova formulação não vai "queimar etapas" de formação, livrando os alunos das especializações, por exemplo, mas dará mais subsídios para o biólogo se aprimorar na área.
Até as mudanças entrarem em vigor, as novas disciplinas serão optativas.

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