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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ribeirão limita teste rápido de dengue


Ribeirão Preto, Quarta-feira, 05 de Outubro de 2011






Em plena epidemia da doença e com previsão de piora em 2012, Saúde deve deixar de fazer NS1 em todos os casos

Apesar de não ser obrigatório com nível epidêmico, Estado diz que exame ajuda no monitoramento viral

ANA SOUSA

DE RIBEIRÃO PRETO

A Secretaria de Saúde de Ribeirão Preto deve deixar de fazer o NS1, o teste rápido para diagnóstico de dengue, em todos os pacientes com suspeita da doença em 2012.
Neste ano, o município custeou com verba própria os testes para todos os pacientes com suspeita da doença.
O Estado deixa de pagar pelo exame quando a epidemia atinge 300 casos para cada 100 mil habitantes. Mas, no lançamento do plano estadual de combate à doença, ontem, considerou o exame prioritário para o monitoramento da circulação viral.
De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Maria Luiza Santa Maria, o NS1 deve ser mantido somente em áreas onde a epidemia não ocorre.
Nos locais em que houver grande transmissão, os pacientes serão submetidos ao teste clínico e ao hemograma.
"Fizemos [o teste] indiscriminadamente. Quando precisamos muito do teste, tivemos falta dos kits", afirma.

JUSTIFICATIVA
Além de evitar reduções drásticas no estoque do NS1, a mudança deve gerar economia. Para bancar os exames neste ano, a secretaria gastou mais de R$ 250 mil.
Para o infectologista Celso Granato, da Unifesp, o alto custo é uma das desvantagens do teste rápido.
"É caro. Quando se tem um quadro claro de epidemia, não é preciso fazer em todos os pacientes", diz.
O infectologista Luiz Jacintho da Silva, professor aposentado da Unicamp, considera que o NS1 aumenta a possibilidade de tratamento precoce, mas ressalta a importância de investimentos para prevenir o contágio.
"[O teste rápido] Contribui para reduzir a incidência de casos graves e, consequentemente, de óbitos. O problema é o controle do vetor", diz.
Até setembro deste ano, Ribeirão registrou 18.425 casos e 12 mortes pela doença -a segunda maior epidemia da cidade. Em 2010, pior registro da história, foram registrados cerca de 30 mil casos.

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