Disponível
em: <http://acritica.uol.com.br/noticias/manaus-amazonas-amazonia>. Acesso em 14 abr. 2014
A
população do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, encontrada em
Manaus e em outras capitais do País está cada vez mais resistente aos
inseticidas utilizados para eliminá-la. Estudos realizados pelo núcleo de
pesquisadas de malária e dengue do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa) revelaram que determinadas populações do mosquito desenvolveram uma
mudança genética, de acordo com a exposição ao veneno, e está a cada ano
resistente a vários tipos de inseticidas utilizados pelo Governo do Amazonas e
Prefeitura de Manaus.
A pesquisa
coordenada pelo professor Wanderli Tadei busca criar novas fórmulas de
inseticidas que sejam eficientes no combate ao mosquito. O pesquisador estuda o
mosquito há mais de 35 anos. Ele apresentou os resultados dos estudos com novas
tecnologias a serem aplicadas no atual cenário da dengue na capital, em uma
palestra, na sede administrativa do Museu da Amazônia (Musa), na Zona
Centro-Sul.
Ele
explicou que é natural o Aedes Aegypti criar resistência e por esse motivo é
necessário fazer o monitoramento constante do mosquito e elaborar a adaptação
do inseticida para que as medidas de controle tenha maior efetividade.
Wanderli
identifica a linhagem que tem resistência e trabalha numa forma mais forte de
eliminá-las, mas sem causar nenhum risco ao ser humano.
Ele citou
como exemplo o Estado de São Paulo que vive atualmente um grande número de
registro de pessoas com Dengue. “Lá também não se pode mais usar determinados
inseticidas porque a resistência do mosquito aumentou”, disse.
Segundo
ele, o Temefós era o inseticida mais usado em todo o País no combate,
principalmente, das larvas do mosquito, mas se tornou obsoleto devido à
resistência que Aedes Aegypti desenvolveu ao longo dos anos. O veneno também
foi eliminado em Manaus que usa atualmente o inseticida diflubenzuron. “Mesmo
com os efeitos do diflubenzuron impedindo que a larva chegue à forma adulta
estamos testando novos compostos.
Manaus foi
uma das últimas capitais do Brasil a ser infectada pelo mosquito da dengue na
década de 90. A vigilância era mantida no aeroporto e no porto fluvial onde em
1993 encontramos três largas, mas não houve infestação. Mas em 1996 encontramos
a Praça 14 totalmente infestada pelo mosquito da dengue e não teve como evitar
que se espalhasse pela cidade. Como a infestação na Praça 14 era muito grande a
luta foi inglória. Hoje Manaus vive uma situação muito boa”, contou.
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