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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Butantan terá prédio maior e mais seguro

São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011




Construção vai abrigar a coleção de répteis e anfíbios do instituto, quase toda destruída em incêndio em 2010

Para impedir uma nova tragédia, o projeto separou o acervo em 7 salas, cada uma com uma porta corta-fogo

TALITA BEDINELLI
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO

Nove meses depois de um incêndio ter destruído a maior coleção de répteis e anfíbios do mundo, o Instituto Butantan, em São Paulo, anunciou ontem o projeto de construção de um prédio maior para abrigar o acervo.
O local será dotado de um moderno sistema de controle e prevenção de incêndios.
Para evitar nova tragédia, o projeto da arquiteta Cecília Yoshikawa separou a coleção em sete salas, cada uma com uma porta corta-fogo.
Assim, caso haja incêndio em uma das salas, o fogo dificilmente se espalhará.
A central de detecção de incêndio será completa, afirma o instituto. Haverá sirene eletrônica, detector de fumaça, hidrantes com espuma, extintores portáteis e luminárias blindadas -que impedem a saída de faíscas.
A área da coleção também terá gerador próprio, para evitar que, na falta de energia, o ar-condicionado pare de funcionar e as salas, com material volátil, esquentem.
À época do acidente, uma das críticas feitas ao instituto, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, é que o local não tinha sistema antifogo, só extintores simples.
O incêndio durou cerca de uma hora e destruiu principalmente a parte das serpentes, que eram armazenadas em formol, altamente volátil.

PERDAS
De acordo com o diretor do Butantan, Jorge Kalil, pelo menos dois terços das 85 mil serpentes foram perdidas.
O prédio abrigava ainda uma coleção de 500 mil artrópodes (aranhas e escorpiões), que também foi parcialmente destruída, assim como parte dos 5.000 anfíbios (sapos, rãs e pererecas).
Ainda não há um levantamento completo das perdas.
O novo prédio terá 1.600 m2 -o antigo tinha 1.200 m2- e dois andares. O obra custará R$ 2,99 milhões e deve ser concluída em um ano.
O espaço poderá abrigar entre 75 mil e 85 mil exemplares. Mas o Butantan ainda não sabe quanto tempo levará para repor o que foi perdido. A coleção foi construída ao longo dos 110 anos da instituição, festejados ontem.

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