| Pacientes com febre baixa ou dor fraca também podem ter a doença População tende a registrar casos mais graves por causa da reintrodução do vírus tipo 1, diz especialista JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO Febre alta, forte dores nas articulações e vômito são sinais claros de dengue. Mas médicos de Ribeirão Preto estão se deparando também com pacientes com sintomas mais leves, e que se confirmam vítimas da doença. As manifestações clínicas da dengue em algumas pessoas mostram-se diferentes das habituais, segundo o diretor-clínico da unidade de emergência Unimed 24 Horas, Roberto Nakao. "Temos encontrado paciente sem febre, sem dor e que está com dengue. Ou então ele só chega com uma pequena dor muscular, sem febre ou vômito, e que depois de investigarmos confirmamos que era dengue." A Vigilância Epidemiológica de Ribeirão Preto diz não ter um levantamento estatístico para saber se há ou não um aumento de casos não tradicionais de sintomas. Segundo o médico epidemiologista do órgão Cláudio Souza de Paula, a alteração de sintomas é característico na evolução da doença. "Isso é esperado para a dengue. Na medida em que a doença sensibiliza as pessoas, há a tendência de aparecerem formas mais raras." O mais comum é a manifestação de sintomas combinados, como a febre persistente, dor nos olhos, nos músculos e nas articulações, mas acontece de pacientes só apresentarem um deles, e com menor intensidade. Para alertar sobre as mudanças da doença, a secretaria tem pedido que médicos de hospitais públicos e particulares redobrem a atenção com a doença. Uma reunião deve ser marcada ainda neste mês pela vigilância. Segundo o epidemiologista Roberto Medronho, da UFRJ, a dengue é uma doença complexa que pode reunir uma variação do sintomas ou até não ter sintoma nenhum. O mais comum atualmente, de acordo com o especialista, é a evolução para casos mais graves. Uma das razões é a reintrodução do vírus tipo 1, ao qual as pessoas estão mais suscetíveis.SERTÃOZINHO Com 61 casos positivos, a Secretaria da Saúde de Sertãozinho deve contratar mais 30 agentes para ajuda no combate à dengue. A proposta, segundo o coordenador do Núcleo de Controle de Vetores, Ademar Prudente Correa, é que eles atuem orientando a população sobre a doença. A cidade já tem 62 agentes para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti. Sertãozinho, vizinha de Ribeirão, teme uma epidemia -em 2010, a cidade teve 497 casos. |
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