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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Dengue: estado teme possibilidade de epidemia


O GLOBO, Rio de Janeiro, 09 de fevereiro de 2011Secretaria estadual de Saúde
Dengue: estado teme possibilidade de epidemia
RIO - A Secretaria estadual de Saúde se encontra em estado de alerta diante da possibilidade de disseminação da dengue. De 2 de janeiro até o dia 5 deste mês, foram registrados 3.582 casos da doença em todo o estado. O número está dentro do previsto para esta época do ano, segundo a secretaria. No entanto, a preocupação é com a possibilidade de ocorrer uma epidemia entre março e abril, quando normalmente acontece o pico no número de casos da doença. Há seis mortes sendo investigadas, mas até agora nenhum óbito foi registrado este ano.
A morte da menina Laís Melo Miranda Soares, de 9 anos, por dengue hemorrágica , não vai entrar nas estatísticas de 2011. Moradora de Itaboraí, Laís estava internada desde o dia 26 de dezembro no Hospital Santa Cruz, em Niterói. Ela morreu na terça-feira, mas, como contraiu a doença no ano passado, seu óbito será computado no levantamento de 2010.
Segundo o avô da menina, Edinir Antônio Soares, Laís começou a sentir os primeiros sintomas da doença logo após o Natal e foi internada na madrugada do dia 26 de dezembro. Ela foi levada para um hospital em Itaboraí e depois transferida para o Hospital Santa Cruz. Laís foi sepultada na terça-feira no Cemitério Parque da Paz, em Itaboraí.
Preocupação com a circulação do vírus 1
O superintendente de Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Secretaria estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, disse que uma preocupação este verão é com a circulação do vírus 1 da dengue, que não era detectado no estado desde o final da década de 80 e voltou a aparecer no ano passado. A população jovem é a mais suscetível à doença, porque nunca teve contato com esse tipo de vírus. Outra preocupação é com a possibilidade da chegada à Região Sudeste do tipo 4 da doença, o que provocaria uma epidemia, já que a população nunca teve contato com esse vírus.
Dos 3.582 casos notificados no estado até agora, 1.473 (41,1%) foram classificados como dengue clássica, 155 (4,3%) como casos de dengue com complicação (DCC), 28 (0,8%) como casos de febre hemorrágica por dengue (FHD) e um (0,03%) como síndrome do choque por dengue (SCD). No ano passado, foram registrados 29.922 casos, com 43 mortes.
A Secretaria estadual de Saúde criou um grupo especial para acompanhar o número de casos de dengue. Além disso, os sintomas dos pacientes estão sendo monitorados.
- A orientação é que, nesta época, pacientes que forem às unidades de saúde com sintomas da dengue (como febre e dor no corpo) tenham seus casos comunicados como suspeitos - disse Alexandre Chieppe. - Corremos o risco de aumentar o número de casos além do real, mas é melhor, para evitar complicação.
Na capital, segundo a Secretaria municipal de Saúde, foram registrados 1.107 casos de janeiro até agora. Em 2010, foram 3.120 doentes em todo o ano e seis mortes.
Os índices de infestação pelo mosquito Aedes aegypti continuam altos. De acordo com levantamento de outubro, a média na cidade era de 1,7%, quando o tolerável é menos de 1%.

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